29 de dez. de 2016

A GRATIDÃO ALIMENTA A HUMANIDADE


A humanidade se alimenta de muitos valores. Muitas ideologias. Às vezes toscas, às vezes necessárias para a continuidade da espécie humana. Coisas dispensáveis para uns constituem obrigatoriedade para outros. E esse contraste parece ser o que temos de mais interessante, mesmo agora num mundo sem graça, violento, hipócrita, mas ainda assim – e por isso mesmo – humano. Fazer retrospectivas, projeções ou promessas compõe um desses aspectos – digamos – “bestial”, sem importância, desnecessário; ou então, indispensável, crucial, fundamental. Estou do lado de cá, posto que ainda não me transformei em uma máquina programada para agir.

O tempo é imensurável em si, mas, estabelecidas as medidas para sua contagem, costumamos prestar contas a nós mesmos a cada período de um ano, muitas vezes mobilizados pela tradição das comemorações (não caberá aqui tratar das razões comerciais subjacentes). O ano de 2016 foi sabidamente complexo não apenas para alguns indivíduos; foi difícil para o país e o para o mundo. Foi estranho, mórbido. Mas é impossível sair de um intervalo de tempo dessa categoria apenas com realizações negativas. Certamente foi um ano de produtividade para muita gente: muitos ganharam um emprego, um amor, um filho; outros concluíram sua casa, sua faculdade, iniciaram seu empreendimento. Muitos se motivaram a buscar certas conquistas. Comigo não foi diferente. Houve momentos positivos e negativos, sendo que os primeiros ainda superam os posteriores.

Talvez tenha sido o ano de maior questionamento sobre meu trabalho, o que entendi como um sinal de que as pessoas me cobram por aquilo que eu possa representar. Não sou mais um iniciante, então a tendência é que esperem mais de mim agora do que em períodos antecedentes. Contraditoriamente, eu produzi mais do que em qualquer outro ano. Busquei mais e melhores formas, tentei adequar-se aos contextos a que me expus. O que poderia ser visto negativamente, então, acaba se incorporando à parte positiva, já que incentiva e encoraja a variarmos os modos como atuamos. Independentemente dos questionamentos, concluímos nossa vertente profissional de modo sereno e responsável, cientes das falhas e de algumas eventuais qualidades.

No âmbito pessoal também não posso reclamar muito. É claro que ser pai à primeira vez estava nos meus planos. Isso quase aconteceu. Poderia ter-me abalado mais do que me abalei, mas as coisas têm seu próprio curso e não podemos ficar lamentando-as eternamente. Isso certamente ocorreu com vários outros indivíduos pelo país, porque são eventos que acontecem diariamente. Temos que agradecer sempre os fatos que nos são atribuídos, simplesmente porque nunca haverá perfeição em nossas vidas. Houve equívocos, os quais podem ser corrigidos para 2017. Só vivemos quando aprendemos com as negatividades. 

O balanço é positivo, em meu entender. Porém, sempre existem desejos a se expressar. Coletivamente, eu desejo um ano de menos brigas ideológicas e mais debate maduro sobre a situação do país; menos arrogância e mais serenidade; mais brio, mais coragem, mais vontade; mais humildade para se admitir os erros e mais humildade para perdoá-los; mais trabalho, mais atitude e menos hipocrisia; mais consciência e conhecimento na hora de escolhermos os representantes; menos militância simbólica e mais concretude naquilo em que se acredita; mais humanidade e menos robotização. 

Agradeço pelo ano que ora se encerra. Estamos de pé, e o mais importante, acreditamos ainda nas melhorias, embora conscientes da situação. Agradeço pelas realizações e pelo aprendizado que 12 meses inevitavelmente nos trazem. 

Apesar de tudo, “Vejo a vida melhor no futuro”, porque é esse otimismo (não forçado) que nos move a continuar buscando crescer sempre.

Que 2017 não seja apenas uma inspiração para se dedicar aqueles desejos clichês como “Feliz Ano Novo”, “Ano Bom”, “Venturoso Ano Novo”. Que seja, de fato, um período de conquistas, de sensibilidade, de gratidão e de muito amor, não o amor das redes sociais, mas o que emana do interior de todos nós.


 

8 de dez. de 2016

MAIS VÍDEOS DO PROJETO "MY FAVORITE SONG'

 
Counting Stars (One Republic)

 
Story of My Life (One Direction)

19 de nov. de 2016

MY FAVORITE SONG 2016 - PRODUÇÃO DE VIDEOCLIPES BASEADOS EM CANÇÕES DA LÍNGUA INGLESA

Pouco mais de um mês sem postar ou responder comentários por aqui tem uma explicação. Na Rede Estadual, eu sou professor de Língua Inglesa e todos os anos temos um projeto denominado de MY FAVORITE SONG, em que os alunos escolhem músicas de sua preferência para - dentre outras tarefas - produzirem um clipe "cover", não constituindo paródia, mas a própria concepção audiovisual deles com autenticidade, levando em conta a mensagem passada na letra da canção.

Trata-se de uma experiência que vem desde 2013, e a cada ano, alguns grupos conseguem resultados maravilhosos. Em 2016, todas as séries do ensino médio (1.ªs, 2.ªs. e 3.ªs.) participam dessa produção, movimentando nossa cidade com cerca de 50 grupos - 50 videoclipes - em vários pontos para gravação. Uma mobilização, uma experiência incrível. Enquanto professor, "apenas" os oriento, apresentando um roteiro e estabelecendo diretrizes para que as coisas funcionem adequadamente.

Todos os vídeos são publicados no nosso canal do YouTube ("CASSILDO SOUZA"), divididos em "playlists" por ano, como por exemplo, "MY FAVORITE SONG 2016" e podem ser acessados por qualquer pessoa, com raras exceções e restrições a alguns dispositivos celulares.

Registro aqui fotos das apresentações e links de alguns vídeos produzidos pelos estudantes da Escola Estadual "Tristão de Barros" - Língua Inglesa - Professor Cassildo Souza. 

Vale a pena conferir!

Muito obrigado.

Cassildo Souza.









See You Again (Khalifa & Putin)
(2.ª "D")



Set me Free (Casting Crowns)
(1.ª "A")



Photograph (Ed Sheeran)
(3.ª "B")



Friends (Megan Trainor)
(1.ª "C")

15 de out. de 2016


Ser professor, ser escolhido
Nunca me arrependi de ser professor; nunca me arrependeria; nunca me arrependerei.
O fato é que somos escolhidos para atuar nessa nobre e linda missão. Sem utopias, mas sem rancor, é ela que me faz melhorar a cada dia. Torna-me mais humano, mais compreensivo, mais tolerante a certas questões. É a atuação em sala de aula que me faz enxergar o mundo com outros olhos. Com olhos de quem tem curiosidade de mudar.
Nosso dia a dia não é fácil; é cheio de alternâncias, de imprevistos, de incertezas, até mesmo - e em especial - de estresse. Há uma tensão diária que nos acompanha no intuito de testar todas as nossas forças e nossas fraquezas. Há alegria, há dor, há cobranças (e autocobranças), há descaso, há pouco caso. É um complexo formado de múltiplas facetas. Assim é ser professor.
No entanto, há uma satisfação inexplicável para aqueles que realizam com convicção essa função. Há - antes de tudo - prazer em servir, em ser útil, em apontar caminhos; há - por outro lado - necessidade de ser firme nas convicções, no cumprimento de algumas convenções e naquilo que se deseja alcançar. A caminhada é cheia de atalhos, mas também cheia de pedras. Aprende-se a desviá-las com o tempo. Há um foco nisso tudo: o aluno. É ele que faz ter sentido existirmos enquanto profissionais. É para ele que atuamos e a quem nos dedicamos diariamente, sem culpa, sem arrependimentos, sem meios termos.
Sinto-me extremamente realizado e privilegiado por Deus me ter transferido tamanha responsabilidade. Há dias de glória, há dias de sufoco, há momentos de angústia. Mas a análise geral sempre aponta resultados, saldos positivos e a realização pessoal e profissional em estar ali, em sala de aula, buscando melhorar, buscando aprender e buscando ser referência de alguém que tanto precisa alcançar suas metas de vida. Sei das dificuldades, da falta de atenção das autoridades e da falta de reconhecimento de parte da sociedade, mas ainda assim, tem valido muito a pena.
Espero saúde e vitalidade para prosseguir nesse desafio que é "ensinar". Aliás, não ensinamos muita coisa, nem é esta nossa maior proposição. A nossa importância estar em sabermos indicar os melhores caminhos para a aprendizagem, em discutirmos ideias, em promovermos o debate geral. Isso demanda compromisso, dedicação, bem-estar, aspectos fundamentais nessa batalha constante.
Um grande abraço a todos os professores do país, a todos os alunos que fazem ter sentido nosso dia a dia e que nossos anseios sejam conquistados para que a nação passe - de fato - a crescer.
Prof. Cassildo Souza

7 de set. de 2016

Dúvidas entre as formas VÊ e VER / CRÊ e CRER / LÊ e LER / DÁ e DAR / ESTÁ e ESTAR / RI e RIR.

Como utilizar adequadamente as formas acentuadas e infinitivas de VÊ/VER e verbos semelhantes? Neste vídeo, explicamos como e quando utilizar tais formas, de modo a não esquecer! Confira mais uma aula em nosso canal!


26 de ago. de 2016

CARTA ABERTA: FORMATAÇÃO E EXEMPLO (EDITAL 005/2016-COMPERVE)

Já disponível a videoaula sobre a CARTA ABERTA, um dos gêneros trabalhados pela Comperve/UFRN como ramificação da carta argumentativa comum. Confiram!



PREPARANDO ALGUMAS VIDEOAULAS. AGUARDEM!


22 de ago. de 2016

Ed. PM/CE - Ed. Comperve/UFRN - TIPOLOGIA TEXTUAL - VIDEOAULA 06

TIPOLOGIA TEXTUAL. Confiram este assunto extremamente relevante para exames dos IFs, concursos públicos e Enem. Prof. Cassildo Souza explica-o de modo claro e objetivo!


19 de ago. de 2016

O que faz zerar uma redação do Enem? - VIDEOAULA 05 no YouTube - Confiram!


           Confiram o vídeo, em nosso canal CASSILDO SOUZA no YouTube, no qual explicamos os motivos que levam à nota zero na prova de redação do Enem. Aqui neste blog, temos postagem relacionada ao assunto, a qual pode ser acessada pelo link: O QUE FAZ ZERAR UMA REDAÇÃO.


13 de ago. de 2016

PÁTRIA OLÍMPICA?


Tomara que o legado das Olimpíadas - se houver algum - seja a consciência de que um evento dessa natureza une (ou pelo menos é a intenção que una) os esportes.
Vejo pessoas exaltando esportes em detrimento de outros, como se os Jogos Olímpicos fossem uma gincana para decidir qual esporte é mais importante, qual raça é superior ou qual gênero merece mais honras. Estamos misturando as coisas. Todos merecem torcida e respeito, indistintamente.
A falta de investimento em educação e esporte como mecanismos de inclusão ( e não necessariamente para descobrimento de talentos de alto rendimento) explica a situação social do Brasil. A situação social reflete-se na situação esportiva, que a cada quatro anos vemos apagada, nos últimos degraus da tabela de medalhas.
A falta de cultura esportiva - costumamos valorizar apenas alguns esportes ou os esportes que "curtimos" - também constitui um problema revelado nos atuais Jogos. Estamos individualizando as conquistas, como se uma fosse mais relevante do que outra, por questões alheias ao espírito do evento.
Olimpíadas constituem a confraternização de todos os esportes e não a incitação da rivalidade entre eles, independentemente do motivo alegado.
Algumas pessoas - antes de emitirem certas opiniões sobre esporte - poderiam antes se aculturar esportivamente. Gente que nunca assistiu sequer a uma partida de qualquer modalidade se aventura a comentar os Jogos, desviando o foco total do que eles realmente são.

Cassildo Souza, 13 de agosto de 2016.

11 de ago. de 2016

MAL - MAU - MÁ - CASOS ESPECIAIS DE GRAFIA - VIDEOAULA 03 - Prof. Cassildo Souza


Videoaula em que o Professor Cassildo explica as diferenças de uso entre MAL, MAU e MÁ, de maneira prática e objetiva. Confiram!


6 de ago. de 2016

VIDEOAULA 02 - DIFERENÇAS ENTRE CARTA ARGUMENTATIVA E ARTIGO DE OPINIÃO

Já disponível em nosso canal a videoaula com diferenças entre CARTA ARGUMENTATIVA e ARTIGO DE OPINIÃO, gêneros cobrados pela UFRN, em seu edital COMPERVE 005/2016, com explicações do professor Cassildo Souza. 


31 de jul. de 2016

Análise dos conteúdos de Português - Ed. 005/2016-UFRN (Comperve)

A prova para Técnico-Administrativo em Educação da UFRN, a ser realizada pela Comperve, nos níveis Médio e Superior, cobrará - dentre outros conteúdos - prova de produção textual, com CARTA ARGUMENTATIVA ou ARTIGO DE OPINIÃO.


EMPREGO DOS PORQUÊS - VIDEOAULA 01 - CASOS ESPECIAIS DE GRAFIA


26 de jul. de 2016

EDITAL DA POLÍCIA MILITAR DO CEARÁ - CONTEÚDOS DE PORTUGUÊS

Análise breve dos conteúdos de Língua Portuguesa para o CONCURSO PÚBLICO Nº 01/2016 - POLÍCIA MILITAR DO CEARÁ.


Prova será objetiva, no estilo CERTO ou ERRADO, semelhante ao que a CESPE costuma fazer.



25 de jul. de 2016

CANAL NO YOUTUBE

Inscreva-se em nosso canal, para saber quando uma videoaula é publicada. Vocês poderão também sugerir assuntos  ou questões de  Língua  Portuguesa  para  serem  resolvidas  nos vídeos. 





24 de jul. de 2016

SÉRIE REVISÃO PARA O ENEM/2016: BLOCO 01

Resolução de questões de REGÊNCIA, FUNÇÕES DE LINGUAGEM, PONTUAÇÃO, CRASE e CONCORDÂNCIA VERBAL, em preparação para o ENEM 2016.



18 de jul. de 2016

3 de jul. de 2016

2.º SIMULADO "HORA DO ENEM" 2016


CONFRONTO DE GERAÇÕES

Isso é estranho, mas é o que acontece na maioria das vezes. Contradição!

METALINGUAGEM

A metalinguagem é algo espetacular, abstrato no mais profundo sentido da palavra.


7 de jun. de 2016

O grau de responsabilidade dos professores na aferição do conhecimento


           É comum reclamarmos do sistema educacional brasileiro, por sua qualidade questionável, pela falta de aprendizado significativo dos alunos ou pelo ensino tradicionalmente mecânico e cumulativo, que não tem a preocupação em formar um cidadão que seja plenamente crítico ao sair do ensino básico.  Um dos motivos desse aprendizado com qualidade duvidosa pode estar – dentre outras razões – na aferição equivocada do conhecimento realizada pelos professores. Não raro vemos alunos com dificuldades no aprendizado apresentando notas quantitativas muito altas, o que acaba por revelar uma falta de fidelidade entre o estágio em que o estudante se encontra e o que os números demonstram.

           Como professores, devemos ter muito cuidado na atribuição de uma nota. Estou considerando que a nota é o resultado de uma série de processos de determinado período, uma vez que a avaliação é aspecto de extrema abrangência e envolve a análise de várias competências e habilidades do educando. Mas, se nessa análise, acabamos por atribuir notas incompatíveis com o resultado de uma tarefa, acabamos também por sermos injustos, à maioria das vezes de maneira “favorável” ao aluno. Tomemos como exemplo a nota de uma redação que o professor de Língua Portuguesa – componente da área Linguagens – atribui a um discente. Digamos que considerando uma série de critérios, a nota real, justa seja um 6,8. Muitas vezes o professor, sob a justificativa de reconhecer o esforço do aluno, atribui-lhe um 8,0, como se aquilo não viesse a ter consequências drásticas. Aquele estudante passa a entender que o seu texto de fato vale 8, o que representa uma distorção da realidade.

O exemplo anterior é apenas um, dentre vários que poderíamos citar aqui. Todos os dias, seja na escola pública ou privada, alunos conseguem rendimentos que não se alinham a sua prática diária. Professores relativizam equívocos, deixam de corrigir falhas, agem passivamente no intuito de favorecer um avanço de estágio do aluno. É evidente que não vamos defender aqui a reprovação em massa, a reprovação punitiva ou algo parecido. Mas não podemos deixar de cumprir nossa função adequadamente, mostrando a nossos discentes as virtudes e suas deficiências, fazendo-os ter noção clara da realidade de aprendizado em que se encontram, para que assim tenham condições de superar as dificuldades que o processo de ensino naturalmente apresenta. Saber quanto vale um 10,0 é de fundamental importância, visto que ele representa a nota máxima, devendo então ser atribuído quando uma atividade proposta for plena e competentemente realizada.


Causa-me preocupação, sim, essa distorção. Acontece que os professores que procuram ser justos (eu falei “justos” e não benevolentes) muitas vezes são estigmatizados de cruéis, de ultrapassados, de detalhistas, metódicos. Isso acaba por gerar uma cultura em que é mais fácil ao profissional favorecer o aluno – tido equivocadamente como o fraco, o coitado, o patinho feio. Esses conceitos nem deveriam ser considerados. No processo de ensino e aprendizagem, há apenas posições diferentes e não hierarquia. Os alunos são capazes de desenvolverem-se plenamente e não nos cabe – enquanto mestres – a função de agradá-los fazendo-os acreditar num nível que não condiz com a sua realidade. Nossa função é, ao contrário, apontar virtudes e dificuldades, contribuindo para aperfeiçoar aquelas e superar estas. Assim, estaremos de fato contribuindo para que esses meninos aprendam significativamente. Temos, sim, um grau de responsabilidade muito grande na aferição do conhecimento e na consequente atribuição dos resultados de nossos alunos. Vale a reflexão.

1 de mai. de 2016

PRONOME RELATIVO "CUJO" E SUAS FLEXÕES


USO DO PRONOME RELATIVO CUJO E SUAS FLEXÕES

            CUJO e suas flexões são pronomes relativos e são responsáveis por introduzir orações subordinadas adjetivas, agregando-a à oração principal e formando apenas uma sentença que parte de duas ideias, o que também é particular aos outros pronomes relativos. Diferentemente dos demais relativos, CUJO e suas flexões  concordam com o termo seguinte e, para serem utilizados, devem ter como referência dois substantivos, sendo que um deles indicará posse, tipo, proximidade. Vejamos como formar frases corretas utilizando-se esse elemento:

1.       O governo da nação investe em educação.
2.       A nação se desenvolve rapidamente.

Oração resultante:

A nação / CUJO GOVERNO investe em educação / se desenvolve rapidamente.
 Or. Princ.                       Or. Subord. Adjetiva                                                Oração Principal


O relativo CUJO, neste caso, concorda com o termo seguinte ‘governo’ e indica relação de especificação (da nação é adjunto adnominal de governo).

CUJO e flexões podem ser depreendidos em DO QUAL, DA QUAL, DOS QUAIS, DOS QUAIS.

             
            Professor Cassildo Souza.

DÚVIDAS NA CONCORDÂNCIA COM EXPRESSÕES PARTITIVAS (BOA PARTE DE, MAIOR PARTE DE...)


CONCORDÂNCIA COM EXPRESSÕES PARTITIVAS

                Há sempre muitas dúvidas no que se refere à concordância. Uma das mais recorrentes relaciona-se às expressões partitivas (uma porção de, a maioria de, maior parte de) ligadas a substantivos ou pronomes. Nesses casos específicos, a orientação da maioria dos gramáticos, incluindo FARACO & MOURA (2004, p. 540), é para que a concordância seja feita no singular (destacando a UNIDADE do conjunto) ou no plural (destacando os ELEMENTOS do conjunto).

Observemos:

                A maior parte dos brasileiros trabalha de sol a sol, buscando dignidade.
    A maior parte dos brasileiros trabalham de sol a sol, buscando dignidade.

                Ambos os períodos acima encontram-se adequados gramaticalmente quanto à concordância verbal. Esta matéria é muito cobrada em concursos públicos e é importante ao candidato ou usuário da língua formal saber que as duas formas são possíveis sem se desrespeitar o padrão culto da língua.

                Até a próxima.


                Professor Cassildo Souza.

DIA DO TRABALHO E DO TRABALHADOR TAMBÉM

Cassildo Souza 


Dia Primeiro de Maio de 2016. Estou, neste exato momento, trabalhando.  E o que poderia ser causa para reclamação é motivo de realização e orgulho para mim, haja vista exatamente agora haver milhões de brasileiros que gostariam de ter um labor que os completassem espiritual, humana e materialmente. É o dia do Trabalho. O dia em que se deveria poder comemorar bem mais conquistas do que as que até agora foram alcançadas pelos cidadãos desta terra, onde tudo é difícil para quem de fato a constrói desde antes de 1500. Temos o dia do Trabalho, mas quando é que teremos – de fato – O Dia do Trabalhador?

O país não para. Ainda que em meio a múltiplas crises que nos tomam há pelo menos 3 anos, alguns “privilegiados” (por terem trabalho) encontram-se agora ajudando a reconstruir uma nação que todos os dias (desde seu início) é destruída pela corrupção, pelos interesses individuais, pela falta de coletividade. Todo dia é dia de trabalho: é dia de pegar metrô às 4 da manhã para se chegar depois das 10 horas da noite; é dia de entrar em túneis, arriscando a vida, para retirar minério; é dia de tentar conter as filas dos hospitais e casas de saúde, com atendimento a quem precisa; todo dia é dia de entrar na sala de aula, com esperança de mudar um país, e ‘enfrentar’ alunos de todos os segmentos, classes sociais e problemas imagináveis; é dia de pegar a estrada conduzindo passageiros que também vão trabalhar; é dia de correr atrás de bandido, para proteger a população trabalhadora; é dia de apagar um incêndio ou de salvar a vida de uma mãe e seu bebê, para que este possa no futuro trabalhar; é dia de editar notícias do jornal de logo mais ou de se corresponder jornalisticamente no meio de um fogo cruzado que atinge mais trabalhadores do que outras classes; todo dia é dia de fixar paralelepípedo nas ruas, no meio do sol, gastando a coluna, para que o tráfego seja facilitador do trabalho; todo dia é dia de abrir o comércio para servir a trabalhadores e para sobreviver desse trabalho, sempre com o risco de levarem todo o dinheiro do caixa, sob a ameaça de uma arma na cabeça, apontada por quem não trabalha. Reiterando, é dia de trabalho. Quase nunca é dia do trabalhador.

Sonho (mas sou realista) com o que dia em que exaltaremos não apenas o trabalho, mas também o trabalhador. Isso chega a ser confuso, pois exaltar o trabalho em tese estende-se a elevar o trabalhador, por ser ele o seu protagonista. Em essência, é assim, mas não nos esqueçamos de onde nos situamos. Estamos num país espetacular, que têm muitos atrativos, muitas coisas belíssimas e muita gente boa – inclusive e principalmente os trabalhadores. Mas também temos pessoas – no povo e no poder – que não respeitam os direitos, as individualidades, as habilidades e a competência de quem executa determinada função. Parecemos viver em torno do trabalho, como se este se constituísse sozinho, independentemente da força laboral de um ser humano. Este ser humano – a máquina mais legítima e eficiente que existe – se torna ainda mais humano ao realizar o trabalho mental ou físico. É ele quem decide a qualidade e a eficiência que esse labor terá. Viva o Dia do Trabalhador.

Dia de reflexão, dia de comemoração, por que não, mas dia principalmente de pensarmos em revolução. No mais positivo sentido da palavra. Revolução no pensamento, na mentalidade, na não submissão. Revolução para se ter respeito ao Trabalhador. Para se deixar de considerá-lo apenas um mecanismo de obtenção (e a acumulação) de riquezas. Revolução para saber cobrar direitos, mas ao mesmo tempo pelo cumprimento dos deveres, pelo valor moral, por ser essa a atitude digna de quem quer ver seu lugar.

Revolução em busca da unificação entre o Dia do Trabalho e o Dia do Trabalhador. Bom trabalho a todos. Não só hoje. Mas todos os dias.

16 de abr. de 2016

QUE ESSA CHUVA PASSE LOGO

Está muitíssimo chato e complicado ser brasileiro. Não conseguimos mais ter paz, o mínimo sossego de que precisamos para tocar nossas vidas, nossos trabalhos, nossos projetos. Para tudo quanto é lado, vemos "intelectuais" discutindo política: cada um querendo defender seu lado, implorando a audição do outro na tentativa desesperada de provar suas teses. E quão bizarras são algumas teses!!
Enquanto o processo político é comentado (não necessariamente discutido), enquanto a corrupção continua - desde 1500 - a imperar por aqui, enquanto os componentes da mídia convencional comemoram a sua audiência de um evento que supostamente afastará a Presidente (o que não considero golpe, mas entendo ser uma manobra política e, para mim, as duas coisas são diferentes), os deputados, os senadores, os prefeitos, os governadores resistem protagonizando atos de corrupção (basta citar o caso da Assembleia Legislativa do RN, de que já se esqueceram); pior que isso, doenças graves se instalaram nas casas dos brasileiros - algumas estão voltando -, a violência toma conta das ruas e ninguém mais consegue debater assuntos importantes. Sobram agressões verbais e físicas.
Fico pensando no quanto o período que dizem ser de conquistas tem trazido inquietação, discórdia e falta de bom senso às pessoas. Evidentemente que como professor que se preocupa com os alunos, eu não poderia incentivar a falta de discussão sobre temas importantes para o país. Mas não vejo favorabilidade da era que estamos vivendo para promover tais questionamentos, visto que o extremismo tem-se impregnado até mesmo na cabeça de pessoas consideradas bem informadas, os intelectuais.
Desejo que esse momento que o país atravessa modere-se porque temo por atitudes radicais e pouco aconselháveis num país dito democrático. Sinceramente, não captei direito ainda o que tem ocorrido, acredito que muitas pessoas têm a mesma sensação. Hoje, estou me proibindo de ter um posicionamento, porque posicionar-se virou, há muito, razão para desentendimentos, ridicularização, falta de respeito a posições contrárias.
Saudades do tempo em que o debate era menos acalorado, mais honesto e menos estúpido.
Os assuntos que compreendem a nação brasileira, hoje, poderiam abranger soluções para as doenças diversas que têm matado pessoas; soluções para reequipar escolas construídas há décadas e que se encontram em ruínas; soluções para resolver de vez o problema da violência, o qual só pune um tipo de grupo: a dos cidadãos de bem que trabalham diariamente para sustentar um país tão bagunçado, de um povo tão interesseiro e de uma elite política (de A a Z) tão vagabunda que nós temos.
O resto...o resto eu venho contar depois que a chuva passar.

ENEM 2016 OCORRERÁ DIAS 05 E 06 DE NOVEMBRO, COM NOVIDADES



A edição do Exame Nacional do Ensino Médio para 2016 já tem datas definidas: será dias 05 e 06 de novembro e terá identificação biométrica, com a impressão digital na ficha individual do participante. Segundo o Ministro Aloízio Mercadante - na coletiva oficial de lançamento do Exame, nesta sexta-feira, 14 de abril -, com esse procedimento de segurança, será impossível alguém fazer a prova por outra pessoa. As inscrições ocorrerão no período de 09 a 20 de maio de 2016. Outra novidade é o aplicativo ENEM 2016, que será disponibilizado para smartphones, e manterá o candidato informado sobre os vários eventos que ocorrem desde a inscrição até a realização das provas.

Este ano, também foi desenvolvida a ferramenta online "A hora do Enem", em parceria com a TV ESCOLA, a qual oferecerá vários recursos, como resumos, videoaulas, questões para praticar e 4 simulados online (30.04 / 24.06 / 13.08 / 08 e 09.10.2016), através da página geekiegames.com.br, que pode ser acessada pelo site do Exame. Uma ferramenta bastante interessante para que os alunos concluintes do ensino médio, que poderão complementar significativamente sua preparação visando ao bom desempenho nas 5 áreas. A seguir, apresentamos uma sequência para acesso e cadastramento nesse recurso de estudo online.

1. Na página oficial do INEP (www.inep.gov.br), clique na opção #Enem2016:


2. Aparecerá a página do Exame, com 8 opções; clique na opção "Hora do Enem", disponível no item "8" ou em destaque à esquerda a página. Veja:

3. Assim, você acessará à página principal do Programa "A Hora do Enem"; clique em "Plataforma de Estudo"

4. Você terá uma tela para cadastro, digitando poucos dados:


5. Uma vez cadastrado, você terá acesso a vários recursos como videoaulas, questões, resumos de conteúdos. Muito bom o material disponibilizado que complementará seus estudos.




4 de abr. de 2016

SÉRIE "CASOS ESPECIAIS DE GRAFIA" - 04: HÁ / A



A) Escreve-se (flexão do verbo haver) para indicar tempo passado, com o mesmo valor semântico da forma verbal faz ou com o sentido de existir.

            Há (faz) dois dias que chove direto.

            muita gente aqui.
A

B) A serve para indicar o tempo futuro e distâncias.

            Daqui a pouco, começará o jogo decisivo.


            Daqui a três esquinas é a loja de calçados. 

27 de mar. de 2016

SÉRIE "CASOS ESPECIAIS DE GRAFIA" - 03: CESSÃO / SESSÃO / SEÇÃO


CESSÃO  
A) O vocábulo cessão é um substantivo. É o ato ou efeito de ceder, doar, liberar. Situando num período:

            A secretaria fez cessão do prédio à escola.

            Foi firmado um convênio objetivando a cessão de materiais entre as duas prefeituras.

SESSÃO
B) Sessão é o intervalo de tempo que dura determinada reunião, assembleia ou um espetáculo cinematográfico, teatral ou musical. Vejamos o uso numa sentença:

            A sessão de cinema foi na livraria.

            Hoje não haverá sessão na Câmara dos Vereadores.

SEÇÃO
C) Seção é a parte de um todo, subdivisão, segmento. Veja a aplicação nas frases:

            A seção eleitoral não pode ser visitada pelos candidatos.


            Visitei a seção de discos no piso superior da loja. 

26 de mar. de 2016

SÉRIE "CASOS ESPECIAIS DE GRAFIA" - 02: MAU / MÁ / MAL


MAU - MÁ

A) A palavra mau é sempre um adjetivo, antônimo de bom. Sempre tem como termo referente um substantivo. é o seu feminino. Exemplos:

            Foi um mau (ruim) momento escolhido para falar.
            A (ruim) impressão deve ser desfeita logo.

MAL

B) Mal pode ser:

·         advérbio de modo, antônimo de bem:  
            Ele esteve mal de saúde, mas, felizmente, melhorou. (adv.)
·         conjunção temporal, equivalente a logo que:
            Mal soube do pagamento, foi cobrar o empréstimo. (conj.)
·         substantivo:
            O mal do nosso povo é a submissão. (substantivo)