24 de set. de 2011

SE LER É IMPORTANTE, LER E ESCREVER SÃO CRUCIAIS


Não há dúvidas de que, na opinião dos profissionais da área de linguagens, ler é condição primeira para que se possa escrever bem. Eu, com a audácia que as observações diárias em sala de aula permitem, gostaria de ir um pouco além. Para escrever bem, além da leitura, é preciso o exercício da própria escrita.

Quem se aventura a produzir textos, em primeiro lugar, deve ter informações a respeito daquilo que deseja abordar. Além do mais, o fato de exercer a leitura confere naturalmente ao leitor o conhecimento aos processos de construção frasal na sua estrutura de concordância, regência, colocação pronominal, grafia e acentuação das palavras, nas mais diferentes situações da manifestação escrita. No entanto, não sendo praticado o processo da escrita, a apreensão desta habilidade não se dá completamente.

Mais do que ler - importantíssimo para aprender a compreender bem - é preciso escrever, no intuito de também aprender a expressar-se bem de modo escrito. Tenho testemunhado, em minhas correções textuais, alunos com potencial incrível para discorrer sobre diversos temas, munidos de muitas informações e idéias, mas que não conseguem passá-las ao papel justamente por não treinarem tal ato. A escrita é parte integrante de um processo único, complementando a leitura, constituindo uma relação indissociável.

Se ler é importante - e é muitíssimo importante - escrever faz-se ainda mais crucial para que se mantenha um nível de excelência nos textos. Um jogador de futebol poderá treinar e conhecer os fundamentos de seu esporte, mas se parar por um mês seguido, ao voltar ele sentirá dificuldades. Esse exemplo ilustra bem a tese de que a apreensão de dada habilidade acontece no dia-a-dia, no exercício, na prática continuada e repetida. Com a escrita isso não é diferente, pelo contrário, confirma-se muito mais.


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